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LIVROS POÉTICOS

O livro de Jó é um compêndio sobre a insuficiência da razão humana para resolver mistérios apresentados pela vida, que pode aumentar os problemas quando se tenta simplificá-los.

Há conflitos e angústias que o ser humano está sujeito e que muitas vezes não se acha explicação plausível. Retrata a história de que uma pessoa calada pode muitas vezes contribuir mais do que alguém que tenta resolver as contradições da vida, através de discursos. (Jó 2.13; 13.5).

Não se deve entender que havia necessidade da parte de Deus de provar a retidão de Seu servo, mas que a permissão divina tinha como objetivo justamente comprovar que o homem pode, sim, ter Deus como Senhor de sua vida. Salmos são os escritos mais lidos em toda Bíblia.

Muitas pessoas, quando são pegas de surpresa para ler algum texto, recorrem a um Salmo, pois sabem que não encontrarão textos difíceis, como liturgias, genealogias e advertências severas. Eles são os escritos mais lidos e amados de toda Bíblia.

É o maior livro da Bíblia, e contém o capítulo mais extenso (Sl 119.1-176), o capítulo mais curto (Sl 117.1,2), e o versículo central da Bíblia (Sl 118.8).

É o hinário e livro devocional dos hebreus, e a sua profundidade e largueza espiritual fazem com que este livro seja o mais lido e estimado do Antigo Testamento, nos dias atuais.

O livro de Provérbios é considerado um livro de literatura sapiencial. Por literatura sapiencial entende- se os escritos de sábias reflexões sobre a vida e a existência humana, que tinham o objetivo de ser memorizados; eram tidos como regras para o sucesso e a felicidade nesta vida.

O livro de Provérbios é o livro mais prático do Antigo Testamento, sendo sua mensagem aplicável ao dia a dia, em nossas decisões cotidianas, com princípios breves e claros sobre sabedoria, justiça, pureza, piedade, para aqueles que servem a Deus.

No capítulo 8, há detalhes dessa sabedoria que entende-se ser a descrição de uma pessoa divina, isto é, do Senhor Jesus. A sabedoria diz que fora ungida desde a eternidade, desde o princípio, antes do começo da Terra. Isto está diretamente relacionado a Cristo, pois o próprio termo Cristo, oriundo do grego, quer dizer ungido. (Pv 8.1,12).

Eclesiastes apresenta um cunho peculiar, pois é o mais melancólico de toda a Bíblia; a palavra vaidade nele está presente por trinta e sete vezes. Eclesiastes foi escrito por Salomão durante sua velhice, um homem que, aos olhos de todos, deveria ser feliz e alegre, pois possuía tudo o que o homem almejava: fama, riqueza e glória humana. Toda esta pompa, entretanto, trouxe-lhe uma imensa frustração. Neste livro temos a reflexão de um sábio sobre a busca incessante do homem sem Deus.

Salomão escreveu este livro quando estava afastado de Deus, após suas muitas alianças com diversas nações, o que o levou a contrair casamentos com cunho político e a desviar-se do Senhor, pois passou a adorar os deuses de suas mulheres pagãs (1Rs 11.4).

Por mais que buscasse, por mais que conseguisse, sempre haveria, para o homem distante de Deus, a sensação de ainda lhe faltar algo. Ele via que seus esforços para dar significado à vida eram vãos, pois tudo isso era vaidade. Cantares é um livro que encontra na teologia judaico-cristã destaque pela sua singularidade, muito embora ao longo dos tempos venha sendo objeto de polêmicas.

Uma das questões mais difíceis de definir é sobre o tipo de interpretação que o livro deve ter ao ser abordado. O livro apresenta uma linguagem considerada sensual, razão pela qual seu conteúdo vem sendo questionado, ao longo da história, como não tendo inspiração divina.

Os judeus, a partir do século II d.C., adotaram a interpretação alegórica, estabelecendo paralelo entre o livro de Cantares e o livro de Oseias. Há um número grande de intérpretes que entendem o livro como uma celebração do amor que sela o matrimônio abençoado por Deus.

(Trecho extraído dos Livros Poéticos – IBICAMP)